Porque iremos votar em nulo nesta eleição

Deixo aqui, alguns trechos do blog Contra Impugnantes que mantém o mesmo raciocínio que nosso favoráveis ao voto nulo nesta eleição.
Quemós, deus dos moabitas

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Proponhamos a seguinte questão: alguém pede a um cristão que escolha, entre dois deuses pagãos, o menos pior — ao qual deverá acender um incenso, caso queira manter-se vivo. Quemós, deus dos moabitas a quem se sacrificavam menininhas virgens; ou Dagon, deus dos filisteus, metade peixe, metade homem, a quem nos tempos bíblicos foi oferecido um grande sacrifício público pela captura de Sansão (Juízes, XVI, 23). Que fazer? Dobrar-se aos ídolos ou abraçar o martírio dizendo um veemente “não” a ambos? Analogamente, procuremos saber se há, do ponto de vista da fé, o menos pior a quem o cristão* deva incensar com o seu voto democrático, neste segundo turno das eleições presidenciais em terras tupiniquins: Serra ou Dilma?

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Estão agora estes nossos amigos vibrando por haver segundo turno nas eleições para presidente. Parecem ver em Serra uma real alternativa à esquerdização absoluta do país. Ó quimera das quimeras! De onde diabos porventura saiu o candidato do PSDB? Não foi da esquerda dos anos 60? E não foi o governo a que ele pertenceu o primeiro a financiar o MST com recursos vultosíssimos do contribuinte, além de levar em frente políticas que estão na agenda das esquerdas internacionais, como por exemplo o sistema de cotas da affirmative action? Ademais, qual o item da lei natural que ele defende em relação aos outros candidatos e, particularmente, a Dilma Roussef? Será ele por exemplo contra o aborto? Bem, a título de informação, foi Serra quem instituiu o aborto estatal no Brasil, ou seja: como ministro da Fazenda de FHC, em 1998 ele aprovou a Norma Técnica do Aborto no Sistema Único de Saúde (SUS), que propiciou a realização de abortos em mulheres (presumivelmente) estupradas.


Na gestão de José Serra, o SUS providenciou material para curetagem e kits de aspiração uterina — manual e elétrica —, além do abortivo microprostol. Leiam aqui a íntegra do texto assinado pelo tucano que tantos abortos já tornou possíveis com a chancela do Estado brasileiro. Ademais, é o nosso candidato um notório incentivador das políticas gayzistas que, dentro de muito pouco tempo, estarão consagradas pelo PL 122; este, transformado em lei, instituirá entre nós o crime de homofobia.

Outra coisa de relevância: com os candidatos eleitos ontem (03/10), a base do atual governo chegará a 55% na Câmara e no Senado. Ora, como nestas questões citadas (e em muitas outras) não há diferença essencial entre os candidatos e as correntes que representam, mas apenas acidental, alguém duvida que o aborto, o casamento homossexual e muitas outras leis contrárias ao cristianismo serão aprovadas com facilidade, seja no governo de Serra ou no de Dilma?


Em vista destas e de outras coisas, entre Quemós e Dagon prefiro ficar com a minha consciência cristã.

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No texto anterior se disse que, graças a José Serra, há exatos 12 anos mulheres presumivelmente estupradas podem abortar no SUS, ou seja, abortar com o patrocínio do Estado brasileiro

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Um exemplo? Bem, como a questão do aborto virou um chavão deste segundo turno da campanha eleitoral para presidente da República, vale dizer algumas coisas. A primeira delas é que não se sustenta de maneira alguma dizer que José Serra, não sendo jurista, ao assinar a Norma Técnica do Aborto se deixou enganar pela idéia de que o aborto é “legal” quando a gravidez resulta de estupro. E isto por uma simples razão: a defesa da vida é um dos mais importantes tópicos da lei natural, e não é necessário ser jurista para captar os princípios da lei natural, pois estes são alcançáveis pela sindérese, que é, como demonstrou Tomás de Aquino de forma apodítica, a captação dos primeiros princípios da ordem moral inscrita em nossa forma entis (ver De Veritate, q. 16).

Também não é defensável argüir que Serra não foi o autor da Norma Técnica do Aborto, mas apenas assinou-a. E assinou-a sem ter pleno conhecimento de suas reais implicações. Quer dizer então que, como ministro, ele era um simples fantoche a fazer a vontade dos técnicos? Ademais, se nem mesmo a Igreja julga de foro interno (pois só Deus vê os corações dos homens), só podemos julgar uma ação por sua extrínseca visibilidade e pelos efeitos diretos que acarreta, sejam próximos ou distantes. E, no caso de que se trata, os efeitos são os milhares de abortos praticados com a anuência do Estado brasileiro, nos últimos 12 anos — graças ao jamegão de Serra num documento ministerial.

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Entre abraçar o martírio para não perder a fé e abjurá-la para viver num ambiente político hipoteticamente melhor, certamente escolherão o ‘mal menor’ no plano natural
 
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Serra efetivamente menos indigno ou mal menor que Dilma? Não se repitam, porém, os argumentos dos liberais: se o PT é, pouco mais ou menos, o que você diz, foi todavia no governo FHC que: 1) mais o MST recebeu verbas estatais; 2) se normatizou legalmente o aborto; 3) se estimulou inicial e grandemente o gayzismo. Ademais, Serra fundou a primeira escola gay para adolescentes. Isso clama ao céu por vingança, como diria S. Pio X (cf. Catecismo Maior). E mantenho: tal como está sendo feito, o apoio dos melhores católicos a Serra joga água no moinho do social-liberalismo e terá como conseqüência o aumento do câncer liberal entre esses mesmos católicos.
 
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LEIA OS TEXTOS NA INTEGRA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



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