Vaticano reprova testes com células retiradas de embriões
VATICANO (AFP) - O Vaticano qualificou neste sábado de "inaceitável" a autorização dada pelos Estados Unidos para a realização de testes clínicos em seres humanos utilizando células-tronco embrionárias.
"Apesar dos esforços feitos para negá-lo, a ciência segue afirmando que o embrião é um ser humano por nascer", disse monsenhor Elio Sgreccia, presidente emérito da Academia Pontifícia para a Vida (instituição da cúria romana), à Rádio Vaticano.
Os embriões são "sacrificados para se extrair as células-tronco e tudo isto, do ponto de vista ético, só pode receber um julgamento negativo".
A empresa americana Geron anunciou na sexta-feira ter recebido autorização da Food and Drug Administration (FDA, agência federal de medicamentos) para realizar os primeiros testes clínicos em seres humanos de uma terapia baseada em células-tronco embrionárias.
A Igreja católica rejeita a utilização de células-tronco retirada de embriões humanos, mas aceita as pesquisas com células obtidas a partir do cordão umbilical, intestino ou retina.
Os pesquisadores utilizam embriões congelados para fins reprodutivos para obter as células-tronco.
fonte: yahoo
Liberado teste de célula-tronco embrionária em humanos
Doze anos após o "nascimento" da primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas, na Universidade de Wisconsin, a Administração de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou hoje, pela primeira vez, que essas células sejam injetadas experimentalmente em seres humanos. O estudo será conduzido pela empresa de biotecnologia Geron, que financiou a pesquisa pioneira de Wisconsin, em 1998, e agora, após uma década de experimentos in vitro e com animais, poderá finalmente testar o potencial terapêutico de suas células no organismo humano. Trata-se do primeiro e único ensaio clínico com células-tronco embrionárias humanas aprovado no mundo até agora.
A empresa, com sede na Califórnia, vai recrutar até dez pacientes com lesões medulares para receber injeções de células nervosas progenitoras, produzidas pela diferenciação de células-tronco embrionárias humanas in vitro. A intenção é que essas células progenitoras, uma vez dentro da medula, se diferenciem em um tipo específico de célula do sistema nervoso central, chamada oligodendrócito, que reveste os nervos e permite a transmissão dos sinais elétricos enviados do cérebro para o restante do organismo.
Em experimentos com ratos lesionados, a técnica se mostrou eficaz, devolvendo parte dos movimentos e do controle motor e sensorial aos animais. O início dos testes em humanos já havia sido autorizado em janeiro de 2009, mas o aparecimento de cistos na medula de alguns dos animais tratados fez com que a FDA colocasse a autorização "em espera", até que a empresa pudesse investigar a questão. A Geron anunciou hoje que aperfeiçoou os protocolos de segurança relacionados à diferenciação das células, fez novos experimentos com animais e conseguiu, novamente, luz verde da FDA para seguir em frente com o ensaios clínicos em seres humanos.
0 comentários:
Postar um comentário